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domingo, 18 de dezembro de 2016

Isso não é sobre ser advogado, é sobre ser "humano"


Durante a solenidade de entrega da carteira da Ordem realizada no dia 15 de dezembro de 2016 na 5ª subseção da OAB, de Volta Redonda-RJ, fiz questão de expressar em versos a minha visão sobre o que é ser advogado.
Não comum, a minha opinião vai contra os posicionamentos e comportamentos praticados por vários profissionais do Direito.
Todavia, esses versos estão em sintonia com o Estatuto da Advocacia, o Regulamento Geral e o Código de Ética e Disciplina da OAB.


ISSO NÃO É SOBRE SER ADVOGADO, É SOBRE SER "HUMANO"
Isso não é sobre abrir a carteira
e só se basear pelos honorários advocatícios.
É sobre abrir a "mente e o coração"
E tratar as pessoas por estes artifícios.

Ser advogado não é trabalhar para o dinheiro.
Antes de qualquer norma ou súmula vinculante,
ser advogado é, primeiro,
reparar no semblante
do cliente
e estar ciente
do seu anseio e da sua necessidade.
Ser advogado é ser leal e verdadeiro,
É se comprometer com a verdade.

Não é sobre processar por processar
e causar, nas partes, maior desprestígio.
Advogar
é preferir solucionar conflitos
Antes mesmo de formar um litígio.
Não é opor as pessoas e fazer de tudo
para chegar ao lugar mais alto do pódio.

Ser advogado
é ampliar a defesa e o contraditório,
Sem incitar e alimentar o ódio.

Não é sobre atacar por vingança
e perder o fundamento, o alicerce.
Advogar
é passar confiança e segurança,
Através da função social que exerce.

A advocacia é a conciliação
de fatos, ações e pensamentos,
é poder levar a julgamento
a contemplação
do que te fará mais feliz e belo.

É trazer, no lugar de armas e violência,
ideias e argumentos
Sob um resistente elo.
Advogar é postular sentimentos,
recorrer dos sofrimentos,
protocolar um poema singelo.
É se colocar no lugar do outro
E revogar o próprio ego.

Não é, meramente, representar em juízo,
muito menos ostentar um status de convencido.
Advogar
é ser ajuizado, equilibrado
E, ao mesmo tempo, corajoso e destemido.

Não é sobre se render à legislação
contrária a uma causa digna e positiva.
Ser advogado
é formar e reforçar uma opinião
Para influenciar a melhora legislativa.

Não é somente ler, escrever, discursar
tendo o "juridiquês" como principal conteúdo.
Advogar
é ser flexível, criativo
E sempre se aperfeiçoar através do estudo.

Não é saber apenas de Direito
conforme leis, jurisprudências e Doutrinas.
Ser advogado
é ser um negociador, um empreendedor
E conhecer outras disciplinas.

Advogar é persistir na luta.
É ser resiliente, ir em busca
- em meio a idas e vindas -
do que é certo, do que é justo
ou daquilo que é um sonho ainda,
que, humildemente, o coração cobiça.
A advocacia é a missão mais linda
Da administração da Justiça.

Ser advogado
não é apenas defender interesses
ou argumentar a favor
da sua litigância.
É, sobretudo, ser desses
que legitimam o amor
Até a última instância.

Autor: Rafael Clodomiro


domingo, 25 de setembro de 2016

Poesia jurídica: Delação Premiada

Nesta poerídica (poesia jurídica) ressalto minha opinião sobre a situação de quem vive um relacionamento em que não existe mais o amor por uma das partes.

Se a pessoa não ama mais seu companheiro(a) e continua em uma relação meio que "forçada", tendo já tentado de tudo para reverter a situação, mas as tentativas não foram bem sucedidas, neste caso, então, é melhor admitir esse "vazio" para ele(a). Melhor não esconder. Para isso, pode aproveitar os benefícios da "Delação Premiada" e facilitar a investigação que já se iniciou (pois seu companheiro(a) certamente já suspeita de algo, que o romance já não é como antes).

Delação Premiada


A sua vida amorosa
está sendo investigada.
Colabora.
Confessa.
Joga na minha cara
o que você sente
por mim.
Diz a verdade.
Sem medo.
Vai ser melhor
assim.

Como delatora
você será protegida
e poderá ganhar
o perdão judicial.
Como infratora
você será esquecida
após eu suportar
a decisão final.

Rafael Clodomiro


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Direito não é somente Lei e a sua letra fria. Direito não é o monopólio de uma teoria. Direito é também Poesia!


Além do horizonte normativo e da frieza da lei, existe um universo onde o Direito é manifesto. Onde o Direito é ciência. É interpretação. Protesto. É argumentação. É verso.
E há vários livros de Introdução ao Estudo do Direito que ensinam justamente isso: as dimensões do Direito, as suas conexões com outras áreas e seu eterno acompanhamento da efervescência da sociedade.
Pois é, o ordenamento jurídico é aquecido e se adéqua com o tramitar das circunstâncias coletivas. E com outras palavras, agora sem juridiquês, ocorre assim: “pode vir quente que eu estou fervendo”. É essa a música que o Direito costuma cantar em sintonia com as mudanças sociais. E continua ao som de Erasmo Carlos: “Se você quer brigar e acha com isso estou sofrendo? Se enganou meu bem…”
Na verdade, engana-se quem pensa que o Direito é somente a letra da lei concebida por uma linguagem técnica. Toda legislação encontra-se adormecida em um tranquilo estado de repouso. São os intérpretes e juristas – sujeitos ativos com suas múltiplas emoções e pensamentos – que acordam as leis para aplicá-las na busca do que é certo, do que é justo, ou, por vezes, em busca do que ainda é apenas um sonho.
Nesse sentido, me posiciono aqui. Declaro que pertenço à corrente (talvez, de loucos, e poucos) que acredita que o Direito exalta poesia, vida e lirismo!
Dessa maneira, a função poética que o Direito cumpre faz com que a ciência jurídica se estabeleça como um legítimo fator de transformação humana, dentro da esfera valorativa e necessária de respeitar o próximo, de conciliar sentimentos e de efetivar o senso de justiça.
E como já deu pra notar, por meio da minha visão idealista, enxergo um “Direito poetizado“, que traz no lugar de armas e violência, ideias e argumentos. Assim, esse Direito representa uma das alternativas existentes contra a força bruta e contra a falta de dignidade nas relações.
Essa é a forma que encontrei de amar ainda mais o Direito, a querida ciência do “depende”. E dependendo da situação, Direito pra mim é pura poesia! É aquilo te liberta e da indiferença te distancia.
Por isso, criei o projeto Poerídica com o objetivo principal de humanizar o Direito através de poesias e músicas jurídicas.
E para concluir essa nossa reflexão, cito aqui uma frase do escritor francês, Jean Giraudoux, que expressa muito bem a essência e o dinamismo jurídico:
“Não há melhor maneira de exercitar a imaginação do que estudar Direito. Nenhum poeta jamais interpretou a natureza com tanta liberdade quanto um jurista interpreta a verdade”.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

"A Casa do Golpe" - Paródia da música “A casa” de Vinicius de Moraes

Com o resultado do julgamento do processo de impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, fica consumado hoje (31/08/2016) o golpe de Estado no Brasil. País este que antes era entendido como um "Estado Democrático de Direito.

Agora estamos de luto pela Democracia. Hoje temos mais uma prova de que o poder não emana do povo. Emana do jogo sujo das elites que são capazes de tudo, de violar a Lei Maior para alcançar seus interesses próprios.

Senado (A Casa do Golpe)

Era uma Casa
desmoralizada
onde a Constituição
foi rasgada.
Formaram uma quadrilha
bem organizada
para "legitimar"
a grande farsa.
O devido processo legal não existia ali
pois eles já estavam combinados entre si.
Não importava
os argumentos da defesa,
mesmo sem crime
a fraude foi feita.

E assim no Senado
a história foi revista:
20 com a Democracia
contra 61 golpistas.


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Música: A Mulher do Direito - musa inspiradora dos poetas juristas

A Mulher do Direito é a minha musa inspiradora! Isso é fato, consumado, transitado em julgado!

Como todo poeta, ter uma musa é primordial, é quase um direito fundamental!

E posso dizer que sou privilegiado, pois como "poeta jurídico", a Mulher do Direito pode tanto ser uma advogada, quanto uma estudante, uma delegada, uma juíza, uma promotora e tantas outras mulheres fascinantes, que fazem a minha inspiração se renovar e não ter fim!

Então, esta música que fiz é em homenagem a todas essas mulheres juridicamente maravilhosas! "A Mulher do Direito" é uma composição de poesias que escrevi e que costumo postar na Poerídica com a hashtag #AMulherAdvogada. E, num certo dia, juntei alguns versos dessas poesias e os musiquei, coloquei uma precisa e simples melodia, e assim, nasceu essa canção...

A Mulher do Direito


Ela é doutrinada
pela corrente majoritária
do amor.
Ela é a norma aplicada
sempre em vigor,
a expressão mais clara
da personalidade dominante.
Ela é a legislação mais rara
de uma sociedade pensante.

Ôô...mulher
O Direito te caiu perfeito.
Ôô...mulher
Esse seu jeito
entrou em vigor no meu peito.

E nesses termos,

Mulher,
a coisa mais linda julgada,
a dama feroz vestida
de advogada!

Assista o vídeo e se inscreva no canal da POERÍDICA

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Uma lição de vida extraída do pensamento de Immanuel Kant

"Toda pessoa é um fim em si mesma". Immanuel Kant assim filosofou. E nos presenteou com uma das lições de vida mais bonitas que já conheci. 

Esse seu pensamento vai contra a ideia utilitarista, porque, na verdade, não é necessário usar alguém como meio para ser feliz. Felicidade existe de sobra na gente. Ela é uma fonte intrínseca e inesgotável mantida em cada um. 

Todos já nascem com a finalidade de ser feliz, independente do que o outro faz ou deixa de fazer. Nesse ponto somos independentes por completo, pois ninguém está nesse mundo de penetra. A gente não precisa esperar um convite de alguém para ser feliz. Somos convidados especiais com "mesa reservada", por natureza, por direito próprio.  

Kant então nos deixou um belo ensinamento "O ser humano, por ser dotado de razão, é ao mesmo tempo um fim em si mesmo".  

Ou seja, cada um pode ser feliz à sua maneira. As pessoas têm méritos em si. Já são vencedoras, já são felizes! O que distingue uma pessoa da outra é o conhecimento e a capacidade de que em certos momentos, algumas reconhecem esse aprendizado kantiano, outras não. E este é o grande desafio: lembrar e praticar essa lição de vida o tempo todo. 
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                                                   - Rafael Clodomiro