quinta-feira, 18 de agosto de 2016

"E agora, José? O que você quer ser?" - um livro de política para crianças

Olá pessoal! Tudo bom? Tenho uma novidade muito legal para compartilhar com vocês...

Em junho lancei meu primeiro livro. Tão sonhado "primeiro livro" !

Desde os 12 anos espero por esse momento (largada oficial na carreira de escritor), porém, nunca imaginei começar com uma historia infantil. 

E foi uma surpresa linda! À convite do André Vasconcelos da Editora Casa Cultura e motivado pela interação gostosa com as crianças que tive nos últimos meses através do meu projeto de poemas musicados, ALira, nasceu esse querido livro de literatura infantil.

O personagem principal e o próprio nome do livro são inspirados na poesia "José" de Carlos Drummond de Andrade, a qual tenho uma relação íntima devido à canção e ao clipe que produzi desse poema com a autorização da família de Drummond




Assim, ao escrever o livro imaginei como seria o personagem José na sua infância.

No poema, Drummond diz que José "está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho...". Ou seja, o personagem adulto encontra-se numa triste fase de sua vida, em que ele não sabe mais o que fazer. A poesia então nos convida a uma reflexão sobre a vida, instigando o leitor com a expressão que caiu no gosto popular: "E agora, José?".

Desse modo, o livro que escrevi apresenta o José menino, ilustrado por Alexandre Guimarães de forma encantadora! José é uma criança super esperta, antenada e animada, que não tem os dilemas e conflitos típicos dos adultos, entretanto, como toda criança, José tem suas curiosidades, suas dúvidas, seus "e agora?", "o que é isso?", "o que eu vou ser quando crescer?". 

E seguindo essa ideia pensei em uma temática social para abordar no livro. Então, escolhi o tema "política". E assim encarei o desafio de escrever sobre isso de forma leve.

Por quê eu escrevi um livro de "política para crianças"?


Primeiramente, porque política não é coisa só de adulto!

Porque não se pratica a política apenas na vida pública. Não exercemos a cidadania somente por meio do voto. A política está nas nossas relações sociais e familiares, nos pequenos atos e por isso, ela faz parte do nosso dia-a-dia, desde a infância.

Também, não é porque há um mundo desencantado da política no Brasil que não podemos falar de política com as crianças. E nem por esta razão deveríamos contagiar os pequenos com nossas prováveis inseguranças e falta de esperança. Ao contrário, não podemos parar de acreditar que é possível sim termos uma sociedade mais justa, mais solidária e mais cidadã! Por um lado, não podemos deixar de ser criança totalmente. Sonhar é preciso.

E uma das formas de alcançar essa conscientização é encorajar e educar as crianças para a política do bem. Política do respeito, da compreensão, da tolerância e do pensamento crítico e questionador.

Então, por quê não falar de política com as crianças? 

Nada mais claro do que isso: vivemos em uma sociedade, e temos regras de convívio que se manifestam em todos os lugares, como na escola, no clube, na igreja e em casa. Acho muito importante começar a despertar essa consciência na criança, sobre o relacionamento com o outro, a convivência e o pensar coletivo. Isso é a base principal da política e da cidadania.

Assim, acredito que dar o exemplo e ensinar as crianças a respeitarem e a se relacionarem com as diferenças e os limites ao seu redor é guiá-las pelo caminho que tanto precisamos seguir no nosso país, o caminho da ordem e do progresso.


Lançamento do livro 


Como disse, estou vivendo um sonho. E a fase de lançamento do livro é a celebração disso tudo, é uma experiência única de intensa emoção. 

O primeiro lançado foi em junho na Feira do Livro de Resende - FLIR, onde também apresentei o pocket-show "E agora, José? e outros poemas musicados". 

Outro lançamento aconteceu na Universidade Federal Fluminense, no I Encontro Sul Fluminense de Escritores.

E o próximo lançamento será em Minas Gerais, na Feira do Livro de Guaxupé - FLIG, que vai acontecer do dia 7 a 15 de setembro, em que também terei a oportunidade de cantar e tocar poesias que musiquei de grandes poetas nacionais. 



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